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Os PCs (Personal Computers) são ferramentas indispensáveis em qualquer segmento produtivo há mais de 20 anos. Podemos entender por “produtivo” qualquer atividade que promova o desenvolvimento humano, seja no campo econômico, científico, de lazer, na saúde ou nos esportes.

Tecnologia da informação se estabeleceu e avança vertiginosamente, apresentando sempre melhorias e aumentando sua eficiência. As máquinas já não custam tão caro, e a cada ano parece que dão saltos quânticos em capacidade e processamento.

A evolução é tanta que hoje os PCs já são construídos para durarem o tempo suficiente para que um novo sistema operacional seja imposto ao mercado como indispensável e o anterior seja descontinuado. Essa é a obsolescência programada.

 

Sistemas Operacionais



Não só os aplicativos passam a exigir sistemas operacionais mais modernos, como a própria máquina, em seu processo programado de deterioração, começa a necessitar de substituição de peças que já são fabricadas com desempenho, desenho e atributos diferentes, incompatíveis com seu aparelho antigo. Então, o usuário prudente, para não ter de agir emergencialmente, programa a substituição de seu computador porque sabe que ele vai parar.

 

Sendo assim, o que fazer com os programas específicos e essenciais de seu trabalho, que foram desenvolvidos para sistemas operacionais que estão por serem descontinuados? Como exigir que esses programas ainda úteis – senão fundamentais para o seu negócio – funcionem em sistemas operacionais que nem existiam quando eles foram desenvolvidos?

 

Softwares para Desktop

 

Como toda inovação que traz uma mudança de paradigma em seus processos e relações, na medida de sua evolução, surgem também os problemas, o que, naturalmente, exige ajustes.

Inicialmente, os softwares eram vendidos como objetos: eram expostos em caixas grandes e vazias (dentro havia um disquete e uma folha de papel dobrada), eram os chamados “softwares de prateleira”. Assim como qualquer insumo, o software era algo que se comprava como se comprava o papel para a máquina de escrever, clips ou grampeadores, objetos de uso em qualquer atividade econômica.

 

Imaginava-se que, uma vez instalado o programa, ele funcionaria e atenderia completamente às necessidades do usuário, e permaneceria ali, servindo ao usuário indefinidamente, enquanto não se deteriorar, assim como um carro ou uma máquina qualquer de produção industrial.

Entretanto, o tempo mostrou que isso não funciona. Tudo muda e muda cada vez mais rápido. Não só os programas ficam obsoletos com mais rapidez, como também os processos. Não há programa fechado, que esteja acabado ou que seja perfeito. Todo programa está em processo de expansão e aperfeiçoamento.

Já se entende que nenhum programa vai ser comercializado senão como um serviço em aperfeiçoamento, em expansão e que por isso não será apresentado em uma caixa para atender nossos arraigados e antigos conceitos de posse.

Não se trata de um carro ou de qualquer outro objeto. Trata-se de algo virtual, sutil, ferramenta da inteligência. Então por que encerrá-lo em um lugar, uma máquina com um “tempo de vida” limitado, se já é sabido que ele não está acabado, assim como a inteligência em si está em desenvolvimento? Por que pagar por atualizações se, ao optar por um determinado programa, já sabemos que ele não é perfeito, que está em expansão, que estará sujeito à obsolescência do PC onde reside, bem como à substituição do sistema operacional?

 

Internet: A luz potente

 

Como falamos antes, as soluções caminham com a mesma celeridade que a percepção das dificuldades. Um sábio indiano disse que, se trocarmos a lâmpada de 40w que iluminava uma sala grande por outra de 500w, veremos mais desse cômodo e perceberemos sua desordem. Por isso tendemos a achar que está tudo desarrumado, quando na verdade o que temos é mais luz, maior capacidade de ver e, portanto, mais consciência do que deve ser arrumado.

A evolução da tecnologia da informação também é assim, temos mais recursos para buscar soluções, como a internet, por exemplo.

Com a internet surgiu a melhor enzima de aceleração do desenvolvimento humano em todos os tempos: a comunicação. Hoje não há a barreira geográfica, não há limites na comunicação da inteligência.

 

Software é ferramenta da inteligência. A resposta está aí. Se os hardwares deterioram, assim como os programas residentes, a internet não para de crescer e desenvolver-se. Cada vez mais aumentam a velocidade, expande-se o alcance, bem como a estabilidade das conexões.

 

Se houve um tempo em que o PC se tornou indispensável em qualquer atividade, a internet o superou, uma vez que ela não está presa aos computadores, podendo estar presente até mesmo em eletrodomésticos.

 

Vivemos um novo paradigma

 

Por que ter meus programas encarcerados em uma máquina com uma obsolescência programada, num sistema operacional igualmente caminhando para um fim, sujeito a toda sorte de avarias, se eu posso tê-lo nas nuvens?

 

Por que manter uma máquina como servidor, com ligações físicas por todo meu ambiente de trabalho, preocupando-me com backup, visitas técnicas e atualizações caras, se eu posso ter meus dados também nas nuvens?

 

Por que ficar restrito geograficamente se eu posso acessar tanto meus programas quanto meus dados de qualquer lugar do mundo?

 

Por que manter os meus programas encarcerados em minha máquina, se eles podem estar em um lugar onde seus desenvolvedores os aprimorem e eu tenha acesso de imediato sem pagar por atualizações? Por que ficar preso a um sistema operacional específico se eu posso acessar  meus programas e meus dados, de qualquer um?

 

A tecnologia da informação acende cada vez mais luzes poderosas sobre o nosso tempo. É necessário estarmos preparados para as mudanças e, mesmo que não tenhamos a noção de sua real dimensão ou quais serão elas, devemos pelo menos tentar caminhar na sua direção para não sermos atropelados por elas.

 

Façamos uso dessa luz potente para saber o que arrumar em nosso negócio.

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